OU COMO OS OUTROS QUEREM VER O NOSSO CONCELHO........
AQUILINO FIDALGO (Grupo do MICA) »» Boa Noite a todos os presentes. Diz o senhor deputado Luís Bárbara na última Assembleia, consta em acta, sobre o Paço da Ribeira de Muge, já tinha várias vezes solicitado ao meu caríssimo confrade aqui na assembleia, que mostre os documentos coevos que mostrem que ele, vocês chamam pousada romana, mas que seria uma pousada de Reis, pavilhão de caça, que transforma esse pavilhão em Paço. Gostava muito de ver esses documentos coevos. Colega deputado, não é confrades, e aquilo não é uma confraria, somos ambos deputados. Sobre os documentos coevos, foi publicado recentemente um livro de Manuel Evangelista, que teve o trabalho de pesquisar e interpretar a expensas suas publicar um livro, que pode ser consultado por todos, e por aquele que tiver a humildade para isso e sujeitar-se à interpretação de todos. Seria interessante, e tendo o senhor opinião contrária, fizesse o mesmo, pesquisasse, interpretasse e publicasse também, para nós termos também uma opinião contrária àquela que o Dr. Evangelista publicou. Diz também o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Almeirim, na última Assembleia, que está em acta, sobre o asfalto nas Ruas de Paço dos Negros, pelo menos o Senhor Deputado Aquilino Fidalgo deixou pôr a última pazada nos buracos. Tenho de lhe dizer uma coisa. “As valas que são abertas para meter a tubagem, devem estar algum tempo sem asfalto, sob pena de não se fazer os abatimentos necessários à sua consolidação”.Senhor Presidente, não concordo. Não tenho ideia de algum dia ter estreado uma auto-estrada, sem antes tivesse sido asfaltada, com a desculpa que era para consolidar o terreno, para não haver abatimentos. Não me parece que seja correcto que se esteja a impingir às pessoas que todos os dias têm que usar as ruas de Paço dos Negros, que utilizam os seus carros para compactar os terrenos, que a empresa Eco Edifica abriu para fazer os trabalhos relativos ao que foi solicitado pelas Águas do Ribatejo. Só para recordar, se nós repararmos no concelho de Coruche, que também é PS, também pertence à Comunidade Intermunicipal que também pertence às Águas do Ribatejo, cujas obras também foram feitas pela Eco Edifica, em um tratamento completamente diferente. A única coisa que varia é o Senhor Presidente e o Executivo, faltando as insistências que deixou de fazer para que os troços fossem terminados. -----------------------------------------Como foi convidado o Presidente da Assembleia e toda a Assembleia, assim como Executivo. Comemorou-se bem os quinhentos anos do Paço Real da Ribeira de Muge. Foi um feito humilde, mas digno. Foi oficializada com a presença do Senhor Vereador José Carlos e Francisco Maurício, também do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim e seu Executivo, que muito nos honraram com a sua presença, não esquecendo também a presença do Marquês de Rio Maior, que esteve em representação do D. Duarte de Bragança. Ainda pegando no que disse a Deputada Manuela Cunha, realmente as acções ficam com quem as pratica. Não sei o que é que pensa cada um dos elementos do MICA, mas MICA é isso mesmo, é ser independente. ------------------------------------------MANUEL LUÍS BÁRBARA (Grupo do PS) »» Boa noite a todos. Obrigado pelas suas palavras, gostei muito de o ouvir, saber que se publicou um livro sobre Paço dos Negros. Desconhecia totalmente. Em primeiro lugar gostava de me dirigir à nossa amiga da bancada da CDU, se ainda se lembra qual era a classificação que propunha, e qual era a fundamentação com que se expressava para que essa classificação fosse analisada. Gostaria ainda de dizer que Frazão de Vasconcelos nos seus escritos sobre Paço dos Negros, que foi um homem que investigou, não sei se há mais docentes, vou verificar com muito gosto, mas, que dizia, “O Paço dos Negros é destinado para o repouso das Montarias e Caçadas”; “Este Paço não seria de grandes proporções, não lhe faltava no entanto comodidades. O D. Manuel I mandou para ali três milheiros de azulejos. Os azulejos eram extremamente pequenos. Gostaria e está ali o Dr. Francisco Maurício, que é um “expert” em matemática, que calculasse quantas paredes é que seriam preenchidas com metro de lambril daqueles azulejos. Também ainda gostaria de dizer que o Alberto Pimentel na Estremadura Portuguesa diz que o Paço de Muge, recria o Paço de Muge, onde está agora o paço do Cadaval. Não sei se é ou não. Mas é preciso investigar. Não se pode deixar este aspecto por investigar. O que ainda é mais interessante é que há uma notícia de Frazão de Vasconcelos, que a mim próprio me deixa perplexo. “O povo começou a designá-lo de Paço dos Negros, para o distinguir de um outro, junto à mesma ribeira, que haviam lhe chamado Paço de Cima. Ao Paço dos Negros, chamavam Paço de Baixo. Penso que neste livro deve estar tudo muito bem explicado, pelo que eu vou ler com muito agrado.-A designação de Paço dos Negros foi oficialmente designada nas cartas de nomeação dos Almoxarifes e outros documentos a partir de 1528, logo depois do reinado de D. Manuel. Gostaria que ficasse registado em acta o seguinte, Eu acho que havendo em Almeirim uma instituição digna coerente e de grande valia em termos de história, que é a Associação de Defesa do Património Histórico e Cultural de Almeirim, que fossem dada à Associação todas as oportunidades para se esclarecer este assunto. Entre um Paço e um Paço é um grande Paço.
AQUILINO FIDALGO (Grupo do MICA) »» Não me querendo alongar, o Deputado Luís Bárbara disse tudo. A História não é uma ciência exacta, como tal os documentos vão-se sucedendo, daí a necessidade de os interpretar e investigar. O que me surpreende é que o Frazão de Vasconcelos que esta investigação não se esgote, um Frazão de Vasconcelos, o próprio nunca chamou ao Paço pavilhão de caça, sempre lhe chamou Paço Real, dizendo mesmo, “Era pequeno, mas nunca lhe faltou comodidades”, mas o Senhor Deputado Luís Bárbara não encontra mais nenhum adjectivo para classificar aquele Paço, que “Pavilhão de Caça”. Que fique bem referido que é uma expressão que só ouvimos da boca do Senhor Deputado Luís Bárbara. Sobre a Associação de defesa do Património nunca lhe foi negada a possibilidade de investigar. É pois a própria Associação que remete à Câmara o interesse de classificar o local de interesse municipal, isto acerca de vinte anos, o que a Câmara não fez