O MICA2013 - Movimento Independente do Concelho de Almeirim é formado por um Grupo de Cidadãos Eleitores, que se constituiu para disputar as Eleições Autárquicas de 2009, nas quais obteve 11 mandatos nos diversos Órgãos Autárquicos, representando cerca de 20% da população do Concelho.

Em 2013 o MICA volta a apresentar um alternativa séria e totalmente independentes, a todos os órgãos municipais e de freguesias.

Este é o meio oficial de divulgação das nossas acções tanto a nível dos trabalhos desenvolvidos pelos eleitos nos diversos órgãos como de todas a actividades, iniciativas e comunicados inerentes à campanha eleitoral nas autárquicas de 2013

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ALMEIRIM DECLARAÇÃO DE VOTO ORÇAMENTO E PLANO

DECLARAÇÃO DE VOTO CONTRA O ORÇAMENTO

Desde o primeiro dia em que tomamos posse das nossas funções nesta Assembleia Municipal, legitimado pelo voto dos eleitores do nosso concelho, sempre temos pugnado na afirmação de exigência, rigor e a transparência, não temos dúvidas que seria muito mais fácil e bem mais cómodo nos tempos que correm, estar sempre ao lado de quem manda, concordar sempre com o que faz o senhor presidente da câmara, mesmo que hoje se defenda uma ideia e amanhã o seu contrário com igual vigor. Assumimos as nossas opiniões e lutamos por elas , como o dever em matéria de legalidade mas também por respeito ao voto legítimos dos muitos eleitores que acreditaram no projecto que apresentamos, é um direito de cidadania, sendo de ressaltar que é expressamente exigido aos eleitos locais “a observação escrupulosa das normas legais e regulamentares aplicáveis aos actos por si praticados ou pelos órgãos a que pertencem”.
Na verdade que tudo isto tem caído em “saco roto”, mas nós não vamos desistir, e não deixamos de afirmar que é pena que a grande maioria daqueles que aqui pensam como nós, não o assumam apenas com o receio de que, no futuro isso lhes possa trazer chatices. Relembro que quando apenas se pega num sistema em completa falência, nomeadamente de ideias e projectos, e apenas lhe introduzimos alterações suficientes para ir andando, o que se está realmente a fazer é a reduzir as hipóteses de alcançar as soluções que defendam e contribuam para uma melhoria significativa na vida da população de Almeirim.
Assim não temos qualquer dúvida de que “compete do executivo da Câmara Municipal, de acordo com o disposto na al. c) do nº 2 do art. 64º da Lei nº 169/99, elaborar a proposta de Orçamento e do Plano Plurianual e de Actividades e apresentá-la à Assembleia Municipal para aprovação, nos termos da al. b) do nº 2 do art. 53º daquele diploma. Por sua vez, o ponto 3.3 do POCAL3 contém as regras a observar na elaboração deste instrumento previsional.
Em primeiro lugar começamos por lamentar e mais uma vez, a clara violação das normas legais, em completo desrespeito pelas Leis, nomeadamente:

1. Não foi dado cumprimento ao Estatuto do Direito de Oposição que nos termos da Constituição e da lei, traduzida na actividade de acompanhamento, fiscalização e crítica das orientações políticas (artigo 1.º e nº 1 do artigo 2.º do Estatuto do Direito de Oposição, aprovado pela Lei n.º 24/98). Este direito de oposição das minorias integra os direitos, poderes e prerrogativas previstos na Constituição e na lei (nº 2 do artigo 2.º do Estatuto do Direito de Oposição) . Mais um vez não foram solicitadas sugestões para o Plano e Orçamento, que foi entregue já elaborado, tais documentos aqui apresentados padecem desta ilegalidade. Isto é a violação do direito de oposição configura, no âmbito da Teoria Geral do Acto Administrativo, um vício de forma, sancionável, em sede de consequências jurídicas, pela anulabilidade (Cfr. Artº 135º do CPA). Conforme consta do PA nº 44/11 de 12.12.2011 do Ministério Público junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria sobre a mesma situação de violação em 2011.
2. Também não nos foi entregue o Mapa do endividamento municipal em 30 de Setembro de 2011, de modo a poder ser avaliado o actual valor do endividamento liquido municipal face ao exigido no artº 53º da Lei 55-A/2010, e calculado termos da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, alterada pelas Leis 22-A/2007, de 29 de Junho, 67-A/2007, de 31 de Dezembro, e 3-B/2010, de 28 de Abril;
3. Também, ainda não nos foi disponibilizado uma informação útil sobre a situação económica e financeira das inúmeras empresas em que a câmara participa, nomeadamente a distribuição do Relatório e Contas de 2010 que ainda, certamente por lapso não foram distribuídos, pelo menos aos vereadores da oposição ( nomeadamente entre outras o das Águas do Ribatejo, Resiurb, Ecoleziria, CIMLT Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, Sociedade de Reabilitação Urbana da Lezíria do Tejo etc)
4. Não nos foi entregue a informação sobre a respectiva situação económica e financeira (alínea d) do nº 3 do Artigo 48º da Lei 2/2007 de 15 de Janeiro) – que constitui o relatório semestral do auditor externo ( o que torna impeditivo uma avaliação rigorosa e seria da situação económica e financeira da Câmara Muncipal;
5. Não nos foi presente o “MAPA DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS” até esta data, o que não nos permite poder avaliar a correcção e rigor dos elementos económicos e financeiros insertos nos instrumentos de gestão previsional que aqui hoje nos são presentes;
6. Não nos foi presente um ORÇAMENTO PREVISIONAL DE TESOURARIA para podermos aferir não só da capacidade para solver os compromissos já assumidos e a assumir como o modo como vão ser financiados.

Consideramos que a reiterada violação da Lei se fica a dever, não só ao completo desrespeito do presidente da câmara pela população de Almeirim, mas também à completa ineficácia e ineficiência dos órgãos tutelares, que ao longo destes anos nada tem feito para reposição da legalidade neste Município, ao permitir a continuidade da inobservância da legalidade e do desrespeito pelos órgãos legitimamente eleitos pelo voto popular, que tem minado toda a vida política, social e económica do nosso Concelho e que tem conduzido ao empobrecimento e desemprego das pessoas e ao endividamento brutal do Município de Almeirim em prejuízo da sua população.
PARA ALÉM DESTAS SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DA LEI, podemos constatar de que se trata de documentos, que aqui nos são apresentados pela maioria socialista pouco rigorosos, com graves erros e omissões, que não obstante o cenário de crise, um aumento de despesas e dos impostos municipais, nomeadamente com o aumento da carga fiscal de responsabilidade da maioria socialista, em especial do presidente e vice presidente da câmara, que vergonhosamente fazem recair sobre as pessoas que vivem em Almeirim um aumento do seu IRS entre os 3,4% e 5,3% em 2012, numa politica continuidade do “empobrecimento e endividamento escandaloso do concelho de Almeirim”, que hoje se encontra num lugar dos mais pobres do Distrito. Trata-se de um “orçamento” marcado pela mistificação e pelo ilusionismo podemos mesmo considerar-se um “orçamento e plano de actividades orçamentais ocultos”, ao “vender” “ideias de obras”, quando de facto se trata de um “orçamento de gestão de compromissos estruturais e de funcionamento municipal”que cada vez está mais pobre e endividada. Será mais um “pseudo-orçamento” que ao longo do ano vai ser “objecto de inúmeras alterações” decorrente de não ser garantido a sua fiabilidade, rigor e legalidade. Trata-se de um orçamento muito empolado e artificial no plano das receitas, o que contraria as recentes recomendações da Inspecção Geral de Finanças, resultando em fracas execuções orçamentais. Para clarificar este desplante podemos constatar que o Total das Dotações Orçamentais da Receita e da Despesa é exactamente o mesmo valor de 2011 e 2012 ou seja 18 435 000,00 euros. Isto é brincar e gozar com a população de Almeirim! Situação que denotam não só a incapacidade de gestão que tem contribuído decisivamente para o atraso no desenvolvimento de Almeirim, como o verdadeiro embuste de inverdades e ilegalidades que constituem estes “documentos”.
Ao contrário dos compromissos assumidos pelo senhor presidente da câmara, temos assistido a brutais aumentos dos impostos municipais, nomeadamente do IMI, do IMIT e em especial das dívidas aos pequenos comerciantes de Almeirim e dos preços da água e do saneamento. A população de Almeirim que com a entrega ás Águas do Ribatejo, entre Março de 2009 e Janeiro de 2010 foi-lhe imposta um aumento médio dos custos da água e saneamento de mais de 24,7%, vai em 2012 ser -lhe aplicado, só nos preços da água um aumento de 15% em relação a 2011. É inaceitável os encargos com a desastrosa gestão das Águas do Ribatejo que está a ser suportada pelos habitantes do concelho de Almeirim
Verifica-se igualmente, a existência de elevados custos internos com a pesadíssima e despesista maquina de apoio do gabinete do presidente da câmara, que consome parte substancial da receita, e com uma previsão de aumento de cerca de 2% em relação a 2011, o que reflecte claramente que não foram introduzidas nenhumas medidas de redução de despesa, tornando-o um orçamento utópico e impossível de concretizar. O nível “faustoso de receitas” parece nem sequer ter sido suficiente para que o executivo conseguisse orçamentos sustentáveis, antes pelo contrário, a incapacidade do executivo da Câmara em pensar o Futuro, levaram a mesma a uma situação económica calamitosa, com um passivo financeiro actual à Banca num montante que deverá ultrapassar os 15 milhões de euros, juntando aqui as responsabilidades assumidas pelas empresas participadas pela Câmara de Almeirim, enquanto a divida a fornecedores deve ultrapassar os 2 milhões de euros.
O plano der actividades proposto não integra actividades que se considerem relevantes para o Concelho e que devia “reflectir as prioridades duma gestão responsável e transparente num quadro de dificuldades que tem vindo a condicionar, por um lado, a arrecadação das receitas municipais e, por outro lado, a necessidade crescente de apoios sociais, ao investimento e ao emprego”, completamente omisso sem estratégia e sem visão que possa atingir esses fins, Consideramos, sem dúvida, que estamos no meio de uma crise sem procedentes, por isso temos o dever de reflectir de qual é, ou pode ser o contributo da autarquia para a minimização da crise instalada, reduzindo os encargos das pequenas e médias empresas e dos nossos cidadãos em geral e recorrendo a meios para dinamizar a economia no Concelho. Trata-se de um Concelho sem futuro, de uma “pretensa gestão de dinheiros públicos” que omite completa a necessidade de um conjunto de medidas sociais e de relançamento da economia do nosso concelho, que dinamizaria a economia, e pretenderia satisfazer as necessidades básicas dos cidadãos e das famílias do nosso Concelho. Também que, para além do acompanhamento social que a Autarquia tem o dever de desenvolver para ajudar a população, tanto mais que já existem no nosso Concelho algumas famílias que não compram medicamentos mais caros por não conseguirem pagá-los, são situações de vulnerabilidade, que têm de ter uma resposta imediata, não deixando de defender uma elevada exigência e rigor na avaliação dessas situações. No âmbito da Acção Social, não foi feito o levantamento de todas as situações que envolvem os idosos existentes no Concelho, não só com o objectivo de aumentar a eficácia dos apoios, mas também para a prestação de auxilio, nomeadamente necessidades de cuidados continuados de saúde, comparticipação nos medicamentos e entrega de refeições ao domicilio dos idosos mais carenciados, bem como suportar os custos de pequenas reparações ou avarias em habitações onde residam. O desenvolvimento e apoio a projectos e acções que atenuem o isolamento e a solidão da população idosa como uma das prioridades do Município nesta área, em especial com as iniciativas de cooperação e parceria com as Instituições de Solidariedade Social, actores preponderantes do sector e promotores de actividades muito importantes para o bem-estar social da população e para o desenvolvimento socioeconómico local.A criação de uma Unidade Móvel de Saúde para percorrer todas as localidades do concelho, realizando rastreios da glicemia, tensão arterial e peso, prestando cuidados básicos de enfermagem e sensibilizando para estilos de vida saudáveis.
Temos a obrigação e a responsabilidade de não virar as costas aos problemas e não disfarçar da existência dos mesmos, tal como aconteceu quando foi por nós proposto a participação na recuperação do edifício do Hospital numa parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Almeirim, que foi recusado pelo senhor presidente da câmara municipal e pelos seus vereadores apoiantes e que hoje, cinicamente vem “reconhecer”, vale mais tarde do que nunca essa necessidade de participação activa nesse investimento. Se tivesse sido aceite Almeirim já hoje, tinha ao seu dispor um serviço de saúde com grande benefício para a sua população idosa, mas nessa altura o senhor presidente da câmara e seus apoiantes preferiu envolver-se na tentativa falhada de construção duma prisão. Os senhores são os únicos responsáveis por hoje não termos esse nosso Hospital. Assumam as suas responsabilidades.
Não há uma aposta nos sectores económicos estruturantes fundamentais, nem na coesão social, sinal de que a crise no nosso Concelho é a vai ser muito mais difícil. Não admira que o desemprego e a exclusão social no concelho de Almeirim já sejam das maiores do distrito de Santarém e das mais elevados a nível nacional. Ao que chegámos!
A falta de documentação financeira, não nos permite avalizar a real situação económica deficitária em que actualmente a Câmara de Almeirim se encontra. Estamos convencidos de que, as dividas a terceiros, nomeadamente a fornecedores são de muitos milhões de euros, o que faz com que o real passivo da Câmara seja catastrófico e muito superior aquele que é apresentado e legalmente permitido. Neste campo refira-se que, o executivo, em pleno Século XXI, não fornece esta documentação em ficheiros editáveis, fornecendo sempre em papel, ou em adobe fotocopiado, de forma a que também assim, não seja possível, tendo em conta o pouco tempo que nos dá para analisar a documentação, fazê-lo com a dignidade e transparência que nos compete na defesa dos munícipes do concelho de Almeirim. Ainda neste âmbito e reforçando a falta de informação, nomeadamente o impedimento de acesso a documentos financeiros básicos, tais como: balanços; balancete sintético e analítico; registo do período de contabilização de recebimentos e pagamentos; extracto de dívidas a fornecedores com o prazo médio de pagamentos por fornecedor; posição actualizada de factorings e extracto de descobertos bancários, para que, também pudéssemos dar os nossos contributos na recuperação de falência técnica em que a Câmara do Almeirim se encontra. Também estes documentos nos foram negados até hoje, não tendo sido cumprido nomeadamente a determinação do IGAL, no seu “parecer final” 50/2010 e que nos foi dado conhecimento em 22 de Dezembro de 2010.
Pelo que e pese embora a falta de documentação de suporte financeiro, a análise ao actual orçamento apresentado pelo executivo para o ano 2012, se pode concluir que se trata de um mau orçamento, desadequado aos tempos de crise. Assim, e sendo que, o P.O.C.A.L. e a Lei de Enquadramento Orçamental, estabelecem os princípios orçamentais a que devem ser tidos em consideração na elaboração e execução do orçamento de modo algum é cumprido. Não desistiremos do rigor, da transparência e da legalidade na apresentação de propostas com as quais pretendemos defender o interesse dos cidadãos de Almeirim e combater os interesses instalados que tanto tem prejudicado a população de Almeirim. Quem propôs tais documentos e quem o viabilizou pela voto favorável ou pela abstenção assumirá perante os cidadãos a responsabilidade de executar opções que julgamos erradas e de permitir adiamentos que consideramos desnecessários. Nós entendemos que podia ser feito, desde já, diferente e melhor.
Se mais argumentos fossem necessários, mais seriam dados. Mas todos estes bastam, para que, em nome da ética da responsabilidade e, porque nada se alterou nas práticas e atitudes os representantes do MICA votam contra um Orçamento que não é o seu, nem nele se revêem.
Por isso o nosso voto contra e de vencidos, apenas quer significar que esse o registo do voto de vencido na respectiva ACTA quer apenas e só dizer que este voto isenta o emissor deste da responsabilidade que eventualmente resulte da deliberação tomada nesta Assembleia.

Almeirim 30 de Dezembro de 2011
DOIS - Apreciação, discussão e deliberação do Plano Plurianual de Investimentos para o ano de 2012 (incluindo o Quadro e movimento de Pessoal), nos termos da alínea b) do número dois do artigo 53º da Lei 169/99 de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei número 5-A/2002 de 11 de Janeiro.

No inicio da discussão deste ponto da Ordem de Trabalhos, vamos colocar um ponto prévio dado que, de acordo com as “nossas capacidades de leitura e interpretação”, vai estar em “Apreciação, discussão e deliberação do Plano Plurianual de Investimentospara o ano de 2012 (incluindo o Quadro e movimento de Pessoal” conforme EDITAL e ORDEM DE TRABALHOS que a todos certamente e dentro dos prazos legais, foi distribuída. Ora nos termos do Artigo 83º da Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro alteração à Lei 169/99, de 18 de Setembro, “só podem ser objecto de deliberação os assuntos incluídos na ordem do dia da reunião ou sessão, salvo se, tratando-se de reunião ou sessão ordinária, pelo menos dois terços do número legal dos seus membros reconhecerem a urgência de deliberação imediata sobre outros assuntos”.
Como V.Exa, bem sabe, no âmbito das competências da Assembleia Municipal insere-se, também a aprovação das GRANDES OPÇÕES DO PLANO, O PLANO DE ACTIVIDADES E O ORÇAMENTO, como estes instrumentos de gestão fundamentais para o funcionamento da Câmara Municipal, não constam da ORDEM DE TRABALHOS, surge-nos a dúvida se vai realizar, a curto prazo uma nova Assembleia Municipal, para a discussão e aprovação destes documentos, se V.Exa vai ao artigo da Lei atrás citado para a inclusão destes documentos na Ordem de Trabalhos, sendo necessário que” pelo menos dois terços do número legal dos seus membros reconhecerem a urgência de deliberação imediata sobre outros assuntos”?
Perante um documento como o Orçamento ou as Grandes Opções do Plano e a necessidade de o elaborar, apreciar e votar, os responsáveis políticos no nosso Concelho não poderão deixar de ter em mente a relevância de tais instrumentos. Obriga a “ética na política” que, superiores interesses da população do Concelho, se devem sobrepor a manobras de bastidores, a tacticismo, só relevantes em proveito próprio e trafico de influências, ou a uma subversão de interesses do tipo “quanto pior, melhor”. Desta forma e, perante este Orçamento e estas Grandes Opções do Plano, cabe-nos, inevitavelmente, uma de duas opções: ou votamos de cruz, aprovando, a bem de supostos interesses superiores do Concelho; ou reprovamos, elencando motivos sustentados e justificativos da nossa posição.
Os representantes do MICA determinaram que, no seu entender e, numa altura que todo o Concelho passa por uma fase de desânimo, as Associações locais, desportivas, culturais e de solidariedade social, não podiam ver as verbas, que lhe são alocadas, reduzidas drasticamente, porque são elas que ainda vão trazendo vida ao Concelho; o MICA percebeu que as verbas de apoio às Freguesias não poderiam ser reduzidas, porque, estando próximas das populações, estão também próximas dos problemas e das suas soluções; o MICA sabia que, nesta fase de depressão económica, poderiam ser utilizados instrumentos que alavancassem pequenos investimentos, através da Reabilitação Urbana que teriam, desde logo esse grande benefício, que era o de pôr a pequena economia a mexer, mas um outro, o de revitalizar e requalificar o centro da Cidade; por outro lado seria preciso um despertar de cidadania e, ainda que, com verbas não muito avultadas, assim o MICA defende e defenderia a implementação de um Orçamento Participativo, onde os cidadãos de Almeirim eram, de forma activa, chamados ao “Governo” do Concelho, na exacta medida da esperança desta, para nós, inovadora solução. Mas, nada disto for realizado.
Na verdade estamos perante muitos e incompreensíveis erros na elaboração da proposta em causa, onde lamentavelmente se detectam cálculos mal executados e omissões, revelando uma falta de rigor gritante num instrumento considerado estratégico para o funcionamento e desempenho de qualquer Câmara Municipal. Numa leitura atenta das “perspectivas” subscritas pelo senhor presidente da câmara, que constitui a pág 1 e 2, retiramos algumas afirmações, numa delas queremos esclarecer que “beneficiaram da aplicação da reserva de eficiência”, no acesso aos fundos comunitários todos os outros 307 Municípios, conforme previsto na deliberação do Conselho de Ministros de 31 Agosto de 2006 e não só a Câmara Municipal de Almeirim, que “aproveita-se” da “impunidade da actuação dos órgãos tutelares” para dar continuidade à sua politica de desastrosa gestão dos meios e recursos públicos em detrimento dos interesses e benefícios para a população de Almeirim.

ALMEIRIM - VOTO DE SAUDAÇÃO SOBRE OS SOBREIROS SIMBOLO NACIONAL

DECLARAÇÃO DE VOTO SOBRE O VOTO DE SAUDAÇÃO SOBRE OS SOBREIROS SIMBOLO NACIONAL

Como representantes do grupo municipal MICA, com a legitimidade do voto dos cidadãos eleitores do nosso concelho para esta Assembleia Municipal não podíamos deixar de salientar este momento de grande alegria pelo sucesso alcançado por todos aqueles que, assumiram e lutaram pela defesa do montado de sobro, com preserverância e força de vontade, nunca desistindo e assim impedindo os graves crimes ambientais com a destruição de milhares de sobreiros, sendo impedidos da prática desse crime pela luta de cidadãos que pugnaram pela defesa da sua região, da sua cultura das suas raízes, muito especial o grupo de cidadãos da Ribeira de Muge e todos aqueles que não sendo de Paço dos Negros, nos apoiaram sempre nesta nossa luta justa, séria e correcta, de luta contra o projecto de instalação de um estabelecimento prisional na Herdade dos Gagos, que iria implicar o abate de milhares de sobreiros, (árvores centenárias e protegidas pela Lei) de forma directa e muitos mais indirectamente, o que se configurava, como uma prática de um dos “maiores crimes ambientais” no nosso País, numa pretensão aberrante, com fundamentos falsos e omissões graves, num terreno que foi cedido à junta de freguesia de Fazendas de Almeirim, em 1979 cujo alvará de atribuição determina um conjunto de condições, como a aplicação das receitas de exploração "exclusivamente para obras e melhoramentos de interesse comunitário" e a manutenção dos caminhos públicos existentes e não para abate dos sobreiros e construção duma prisão. Assim, também quisemos aqui saudar a decisão do Governo de anular esta construção, em defesa do interesse público e dos cidadãos da Ribeira de Muge, do concelho de Almeirim e do nosso País.
Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos e por isso, se haverá alturas em que, pensamos que nada podemos fazer para impedir a injustiça, a verdade é que nunca poderá haver altura em que um cidadão desista dos seus direitos de cidadania – vale sempre a pena lutar, por tudo o que se considera justo e correcto.
Passamos um tempo em que nas nossas funções autárquicas legitimadas pelo voto dos nossos concidadãos, há uma nítida falta de respeito democrático, tanto pelas pessoas, pelos valores, pelo direito, como pelas Instituições e de um profundo desrespeito pelos direitos de cidadania, e por isso o êxito e o sucesso desta luta contra o abate de sobreiros demonstra que vale sempre a pena lutar, quando se acredita que a justiça por vezes ou quase sempre chega tarde, mas neste caso chegou mesmo a tempo.
Quem nunca viu tirar cortiça de um sobreiro, ou nunca observou um grupo de homens ou mulheres a podarem um vinha, não pode olhar para a rolha de uma garrafa ou provar do seu vinho como olham aqueles que tiveram a sorte de nascer no RIBATEJO” (João Antonio Emidio – jornal O Mirante de 13.01.2011)

Almeirim 30 de Dezembro de 2011

ALMEIRIM VOTO DE PROTESTO CONTRA A SUBIDA, MAIS UM VEZ DOS PREÇOS DA ÁGUA

VOTO DE PROTESTO
CONTRA A SUBIDA, MAIS UM VEZ DOS PREÇOS DA ÁGUA

Entre 2009 e 2012 0 preço da água no Município de Almeirim sofreu um aumento de mais de 42,5%

A população de Almeirim, foi mais uma vez surpreendida pelo anúncio da Águas do Ribatejo, que é presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Almeirim, e por isso temos que aqui, avivar a memória de todos os deputados municipais, que ao contrário dos compromissos assumidos pelo senhor presidente da câmara, temos assistido a brutais aumentos dos impostos municipais, nomeadamente da carga fiscal, com o aumento do IRS para os contribuintes de Almeirim, do IMI, do IMIT , das dívidas aos pequenos comerciantes de Almeirim, é também a população de Almeirim com mais este aumento brutal do preço das águas , que com a entrega ás Águas do Ribatejo, já sofreu um aumento de mais de 42% .
A verdade da situação é que entre Março de 2009 e Janeiro de 2010 foi-lhe imposta um aumento médio dos custos da água e saneamento de mais de 24,7%, e vai em 2012 ser -lhe aplicado, só nos preços da água um aumento de 15% em relação a 2011. É inaceitável estes encargos com a desastrosa gestão das Águas do Ribatejo que está a ser suportada pelos habitantes do concelho de Almeirim.
Estes dados, porque não queremos que nos digam que nos arrogamos no direito de dizer que vai “haver aumentos brutais nas tarifas de água” estão disponíveis na site das Águas do Ribatejo.
Ao contrário da noticia do jornal o Mirante de 15 de Dezembro de 2011 “A factura de água e de saneamento básico da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo, que serve os municípios de Benavente, Salvaterra de Magos, Almeirim, Alpiarça, Coruche, Chamusca e Torres Novas, vai sofrer um aumento médio de mais de 12 por cento no próximo ano. A tarifa vai ser comum aos sete municípios. O vice-presidente da empresa, António José Ganhão, que é também presidente da Câmara de Benavente, assume que este aumento vem numa altura difícil para as famílias, mas é inevitável para garantir a viabilidade da empresa.”
A verdade é que o aumento só dos preços da água em todos os escalões é de 15%, e não 12% como podemos verificar.

1º Escalão 2º Escalão 3º Escalão

2009 0,25 0,57 0,95
2011 0,3099 0,6663 1,1761
2012 0,3564 0,7662 1,3525

2012-11 15,00% 14,99% 15,00%
2012-09 42,56% 34,42% 42,37%

PORQUE NÃO SE DIZ A VERDADE?
É inaceitável estes encargos com a desastrosa gestão das Águas do Ribatejo que está a ser suportada pelos habitantes do concelho de Almeirim. É inaceitável que não nos sejam fornecidos os elementos mínimos sobre a situação económica e financeira, bem assim como o endividamento da empresa das Águas do Ribatejo.
Daqui o nosso voto de legítimo protesto por mais esta decisão que visa o empobrecimento da população de Almeirim e o passar responsabilidades para a gerações futuras com decisões que prejudicam toda a população de Almeirim.


Almeirim, 30 de Dezembro de 2011

O Grupo da Assembleia Municipal do MICA
Os Deputados Municipais